Vc. sabe que eu estou na expectativa da chegada da Carioca, a minha pointer alemã de pelo curto (raça que, cada vez mais, vai ser conhecida como braco). Uma "cã", como vc brinca, vai mudar a minha vida.
Eu nunca fui nenhum William Wegman, o grande fotógrafo americano que usa seus cães em todas as fotos que faz, mas já tive os meus waimaraners. Na casa da D. Veridiana, estamos todos acostumados a todos os tipos de cores, tamanhos e temperamento de boxers.
Não deixa de ser divertido que a conversa sobre o temperamento dos cães tem rondado nossas vidas. O seu cãozinho figurinha, o cãozão levado do nosso amigo JS, o jovem Zico que adora uma farra...
Descobri também que todo brasileiro entende de futebol e de raça de cachorro. Nunca saberei explicar de onde veio o meu desejo de ter um cão da raça braco, que não é tão comum no Brasil.
Talvez tenha sido olhar doce (mas isso tantas raças têm), talvez as pintas,
talvez o ar campeiro de cachorro de caça, a me lembrar que sou irremediavelmente caipira. Só sei que foi um desejo a primeira vista que guardei tanto tempo e que estou em boa companhia: a lindíssima Christy Turlington tem, o Harry Connick, que também é Jr., também tem.
Temperamentos... Vc riu muito quando eu descobri na Internet e mandei um link para um site de cachorros problemáticos. Andei lendo também um texto do grande mestre do estilo de escrever, E.B.White, ironizando os manuais que ensinam a treinar um cachorrinho sapeca.
Vc sabe que eu acho que a humanidade se divide em pessoas que gostam de cães e pessoas que gostam de gatos, assim como a humanidade se divide em quem gosta de Londres e quem gosta de Paris. Quem quer um cão, tem de querer ser paciente, generoso e orientador, ao mesmo tempo.
Talvez eu jamais tenha a relação tão visceralmente vivida que o Cony teve com as suas settlers, mas, no momento, tudo o que eu quero é abrir o portão de casa e gritar: Carioca, Carioca!
Um beijo,
M, de mudança
PS: Leve o seu cão para brincar com ela na casa nova, OK??