Inauguramos mais esta seção, dedicada àqueles que se tornaram bracomaníacos e que querem dividir com outros bracomaníacos seus ´Contos de Bracos´... Se você faz parte deste clube, quer contar como foi que essa raça maravilhosa entrou na sua vida, ou mesmo uma traquinagem das boas, envie seu texto que teremos o maior prazer em colocar neste espaço...
Ricardo R. Cabrera |
Para quem caçou com Pointer Inglês, e agora com Braco, a mudança é grande. Acho que o grande detalhe reside no fato de os bracos serem animais mais controláveis na caçada e acima de tudo mais inteligentes...muito mais!!! Pelo que tenho lido, aliás um bocado sobre bracos, são características próprias da linhagem do Clown, passadas ao Dackar. Acho que o sangue do NFC/FC Rawhides Clown que o Bacco tem é o determinante pelo sucesso destes cães. Tenho lido em fóruns de discussão de caça, americanos, que o sangue Clown, em maior grau, torna um cão para profissionais, já que é uma "Ferrari" na caça, e tem que ser pilotada como tal, para não decepcionar.
Minha escolha pelo filho do Dackar, basicamente se deve pelo fato de eu ter caçado com o Dackar, e segui o principio pregado pelos americanos que: Cachorro para caçar (bem) tem que ter pais caçadores (conhecidos).
Bom, dá para notar algumas características que vem do Dackar: Rápido e inteligente, impressiona no campo, mas ao mesmo tempo em casa é muito sossegado e dócil. Muito fácil de ensinar, absorvendo bem todos comandos. Acho que o Dac é um cachorro ideal para quem tem interesse em usar o Braco na função... é forte, musculoso, rápido no campo e ao mesmo tempo um sossego para se lidar. Fotos de
julho/2005 |
Depois de muita pesquisa lá veio o Martin com a idéia de comprar um braco alemão para as crianças, mas o que era isso? Fui pesquisar e descobri a semelhança com Pointers ingleses, e bateu as saudades da minha infância, quando ia sempre para uma fazenda de parentes onde haviam Pointers que brincavam com a gente o tempo todo, entravam na piscina e estavam sempre dispostos a uma baguncinha! Por mim estava tudo bem, eu queria mais era um cachorro! Compramos Cães & Cia, e lógico, como faz parte da história dos bracomaníacos, tinha um anúncio da Mariana, liguei, e ela tinha duas fêmeas da ninhada da Pagu. Parece que virou idéia fixa e naquele mesmo dia fui ver as duas, nunca vi coisa mais fofa, convenci meu marido a ir também olhar as duas, aí resolvemos ficar com a Espoleta, que segundo a Mariana era a mais calma das duas. As crianças adoraram, ela adorou as crianças também, o jardim se transformou num campo guerra onde eram travadas batalhas importantíssimas com as plantas. Agora ela está com 1 ano e 4 meses e está virando uma menina quase sempre obediente, adora de paixão ir com a gente para Campos do Jordão, lá ela não perdoa uma poça d´água, um lago, uma caça à truta, um passeio na floresta onde ela pode se esbaldar de apontar tudo o que se mexe, segundo meu marido, a energia dela triplica em Campos.
Agora a maior coincidência da nossa história: como estou sempre de olho no site da Mariana, fui parar no site do Canil D’Beiragua e descobri que a raça surgiu através do príncipe Albrecht zu Solms-Braunfels que definiu as características do Braco Alemão. Nós moramos 10 anos na Alemanha, do lado do castelo de caça desse príncipe. Íamos quase todo fim de semana passear lá, sempre víamos os quadros das caçadas realizadas na região ! Acho que estávamos destinados a virar bracomaníacos desde essa época!
Vera |
![]() Foi então que começamos a pesquisar qual a raça seria perfeita para nós. Queríamos um cão que se adaptasse bem ao clima do litoral, que não tivesse propensão a muitos problemas de saúde, que fosse companheiro, sociável, bonito, elegante, inteligente, estável, bem equilibrado... buscamos muitas informações, fizemos várias seleções preliminares, até chegarmos à nossa escolha definitiva: deveria ser um Braco Alemão (raça que desconhecíamos por completo até então). Decidida a raça, buscamos localizar um canil de qualidade, que pudesse nos proporcionar a realização de um sonho muito acalentado, e chegamos ao Balaco Braco. Depois de vários contatos telefônicos com a Mariana, fechamos negócio para a primeira escolha de macho da ninhada que ainda estava por vir (vejam que pais conscientes!!! É isso mesmo, "encomendamos" nosso bebê um mês antes até do cio da Margot, ficamos torcendo para que a cobertura funcionasse, acompanhamos a gravidez da Margo, vibramos no dia 30 de novembro de 2003, quando os filhotes nasceram, com saúde, lindos, maravilhosos... E... babamos a cada foto que a Mariana nos mandava!!). Em janeiro, no dia 10/01/2004, fomos fazer nossa escolha.
O amor foi tão grande, que logo "encomendamos" Galadriel. A moçoila demorou para ser gerada, foi ansiosamente aguardada.... quando a Mariana ligou dizendo que ela já estava com a Galadriel, e descreveu a menina, nós não tínhamos nem idéia de quão linda, sapeca e determinada ela realmente era. Nossa menina é simplesmente LINDA! Uma SaFADA! O Frodo ficou derretido por ela logo de cara... O nosso gentleman é um doce mesmo, nunca machucou nosso bebezinho, que morde, pula, incomoda o coitado a valer. Somos uma família MUITO, MUITO feliz...
Sofia e Diego |
Sempre gostei de cães, quando eu era pequeno colecionei a “Enciclopédia Canina”, uma publicação Italiana que saiu traduzida para o Brasil e era vendida em fascículos nas bancas. Ficava emocionado quando via as fotos daquelas paisagens européias de bosques e planícies, com um caçador de bicicleta voltando com os seus cães, as fotos das matilhas de Bassets, hounds variados, Grand Bleau de Gascogne, Braque D´Auvergne, Bracos Italianos e tantos outros.
Foram muitas horas de minha vida folhando admirando e conhecendo as raças.
Porém uma página da Enciclopédia sempre me chamou atenção, era uma parelha de cães de caça amarrando juntos (na página 269 para quem tem e quiser olhar), cães muito elegantes que pareciam um pouco com Pointer Inglês à primeira vista, porém olhando com mais atenção se notava várias diferenças.
Muitos anos depois, eu resolvi comprar um cão com pedigree que pudesse freqüentar exposições, enfim queria uma fêmea para começar uma criação.
Olhei muitas raças, quando comecei a lembrar do Bracos Alemães, e aí comecei a pesquisar na Internet, porém só encontrei sites estrangeiros, então desisti e já estava negociando uma Weimaraner quando vi na Veja um anúncio. Não acreditei que tinha achado um canil de Braco Alemão do lado do meu apartamento em Pinheiros, São Paulo.
Liguei e conversei com a Mariana. Fui no dia seguinte na sua casa, e vi a Alanis, me apaixonei pelo andar pela leveza do trote apesar de não entender nada da raça na época.
Na verdade fui iludido pela aquela aparência de santelma, sendo que ela viria a ser um verdadeiro dinossauro escavando buracos no quintal dignos de uma escavadeira. Mas eu achava lindo! A minha mãe nem tanto!
Depois vendo a sua carreira nas pistas, me parecia incrível que aquela coisa imprestável para algo de bom, (porque inteligência para safadezas eles tem de monte), fosse fazer uma bela carreira, conquistando vários vezes primeiros lugares de Grupo e fechando quase todos os títulos em pouco tempo.
Hoje também tenho um canil de Braco Alemão (Canil Vale Braco), e tenho como Matriz a Alanis, que está com quatro anos. Além dela, tenho mais 2 cães, inclusive o meu padreador importado, o Bacco, que a Mariana me indicou para comprar... Da minha segunda ninhada fiquei com uma filhote chamada Serena.
Enfim é tudo culpa da Mariana... por ter me influenciado e por ser uma grande amiga, parceira em vários cruzamentos e no intercâmbio de informações. O Canil do Balaco Braco com suas conquistas e com seu maravilhoso site, já faz parte da história recente da cinofilia nacional e para a Mariana todo o meu carinho e admiração.
Abraços a todos os Bracólogos, Braqueiros ou Bracomaníacos do Brasil.
Marcos de Carvalho Ferreira
Canil Vale Braco
Desde que nasci, me vejo rodeada por cachorros. As fotos não enganam: sou eu mesma recebendo com alguns meses de idade uma bela lambida de um perdigueiro, depois com 10 anos de idade um pequinês que era só meu! Veio numa sacola de supermercado, daquelas de alça, de antigamente, lembra? Ele cresceu dormindo nos meus pés e tomando conta de quem estava se aproximando de mim, lembro de sua mordida no meu nariz por brincadeira de irmãos... Depois destes foram muitos outros cães, com ou sem raça definida, mas sempre muito amados. Como cheguei a essa raça? Bem, a gente cresce e casa... Casada no papel, não somos, mas estamos juntos a muitos anos. No inicio não tínhamos cachorros, sabe como é? Comecei então uma campanha para o BASSET HOUND, orelhudo, grande, meigo, e assim foi... Até um dia, em 1996, fomos a uma exposição de cachorros encontrar o criador do BASSET HOUND, lembro bem do dia, nós três conversando com o criador sobre o cão e o Ricardo falando; “vamos procurar um pointer... cão de caça também e que ri quando educado, uma amiga de infância teve”.
Liguei para o proprietário do cão do Rio, na segunda feira, e não conseguia falar com o próprio, até que eu não tinha mais esperança quando ele ligou me dando o telefone de outro criador em Petrópolis, que muito atencioso, falou da ninhada que havia acabado de nascer, falou da raça, das diferenças do pointer inglês e do Braco, da caçada não mais autorizada, das exposições, da importância do pedigree, de como é bom ser criador e saber como seus filhotes são bem recebidos pelos novos proprietários... Agora além de encantada com a raça eu estava literalmente encantada com os proprietários, com handler e com a raça . Fomos a Petrópolis visitar a ninhada, eu sabia que iria escolher e no final fomos escolhidos pelo CUP WINNER’S RICK BT, nosso primeiro BRACO ALEMÃO.
A estória do RICK é bem legal, foi
paixão dele por nós a primeira vista e minha com sua chegada em casa, ou melhor,
para a obra da casa. Tínhamos o caseiro e os operários da própria obra, mas o
portão da obra não tinha, ele andava solto pela vizinhança, com sua coleira de
couro gravada nome dele, n° da quadra e do lote, o telefone de emergência e o
meu nome também estavam gravados. Nesta época, Ricky foi raptado, ficou fora por
um mês, e quase não tínhamos mais esperanças do seu retorno quando o
administrador do condomínio viu o cão, num lugar próximo, reconheceu e peitou
três donos novos...
Com RICK de volta, colocamos um portão e começamos a procurar uma fêmea para fazer companhia ao RICK. Acabei procurando na INTERNET até decidir pela FRIEDA. A chegada dela com toda documentação de importação foi um sufoco no terminal de cargas... Só consegui pegá-la ao anoitecer, mas em casa, ela logo foi bem aceita por todos, inclusive pelo RICK. No quarto cio dela cruzei finalmente RICK com a FRIEDA e nasceram nove lindos filhotes, todos com letra A, seguindo a tradição de muitos criadores... Foi aí que conheci a Mariana, que viu meu anuncio na revista especializada e trocamos várias ligações, fax dos pedigrees. Até que ela me avisou que iria me ligar um possível comprador de São Paulo. Foi quando conhecemos Matinas Suzuki, que, além de comprar um filhote meu, faz um grande trabalho pra divulgar a raça. ADDA era o nome da filhota (Carioca, como é chamada) que hoje está sendo treinada para o agility em Portugal.
Acho que ela curtiu tudo, o desenvolvimento deles, as fotos que foram mandadas por e-mail e a nossa venda compartilhada, conversando com cada um deles... E chamou a nossa atenção porque três destes filhotes foram para médicos...Por quê? Só Freud para explicar o que atrai num médico o Braco. Em fim, acho que sou uma BRACOMANÍACA, como brincamos entre nós que tentamos de todas as maneiras difundir quanta alegria trás um braco alemão pra perto de você.
Verônica Bandeira de Mello da
Silva |
Olá, Bracomaníacos
Convidei meu marido para conhecer Margo, a filhota que estava prestes a perder um lar.Foi uma paixão à primeira vista, só que tínhamos um problema!!! Morávamos num apartamento com dois cachorros. Mas isto não foi impecilho, em menos de um mês achamos uma casa e recebemos Margo.
No começo sofremos um pouco até nos acostumarmos com o tamanho e com tanta disposição, mas hoje não imaginamos mais nossas vidas sem a doce, meiga estabanada, e deliciosa Margo. Lica |
Meu nome é Ricardo tenho 17 anos e faço trilhas de jipe, a pé, de bicicleta e muitos outros esportes radicais. Posso dizer que junto aos meus amigos faço grandes aventuras em contato com a natureza.
Já tentei ter muitos cachorros, entre eles o Pit Bull. O Pit Bull foi o primeiro cachorro que eu e meu irmão tentamos comprar. Todos os meus amigos tem, e eu acho um cachorro muito legal dependendo de como vc o cria, já sabendo de sua índole. Nós acabamos comprando um Pit Bull, era lindo. Todo preto (100% negro) até a beirada de seus olhos eram negros.
Passado um dia com o cachorro minha mãe acabou sumindo com ele. Ela não aceitava essa raça em casa, por isso resolveu dar um fim e o mandou para o canil de onde ele veio. Esse foi um motivo de grandes brigas em casa.
Eu e meu irmão tristes com isso acabamos conhecendo o Dogo Argentino. Um cachorro maravilhoso, do jeito que nós queríamos. Convencemos meus pais de irem no canil conhecer a raça. Meu pai gostou, mas pra variar a minha não gostou do cachorro. O Dogo Argentino é indestrutível, um super cachorro parar acompanhar nas trilhas, mas sem dúvida, é um cachorro meio complicado de se ter, por que é um cachorro dócil com humanos, mas não é muito sociável com outros animais.
Depois disso minha mãe queria o Bernese Montain Dog, mas aí quem não quiz fui eu
A outra sugestão de minha mãe, era o Braco Alemão. Eu não conhecia a raça e passei a estudar um pouco sobre o Braco. Foi aí que eu conheci o Apolo, fiquei besta de ver, era um cachorro sociável e que me parecia perfeito para me acompanhar nas trilhas. Passado uma tempo tendo contatos constantes com a Mariana, ela me avisa que nasceria uma ninhada do Apolo com a Frieda, uma cadela linda do Rio de Janeiro, sua dona a Verônica, uma pessoa muito legal e tem um carinho enorme com seus cachorros, como a Mariana.
Vi as fotos da ninhada e acabei ficando com o Boss Oto, mas chamado aqui em casa como Buddy. Digo que se tivesse encomendado sob medida, não teria dado tão certo quanto deu. Ele é um cachorro super dócil, brincalhão, companheiro, etc... Sempre me acompanha nas trilhas que faço é um companheiro pra todas as horas. O Buddy é muito corajoso e confia em mim, juntos fazemos muitas coisas. Mas o que ele gosta mesmo, é de fazer é trilhas, ele curti ficar no mato, caçar, nadar, etc...
Encontrei o parceiro ideal para as minhas aventuras de final de semana onde vou para uma fazenda em contato com muito verde, muita água e muitos bichos pra ele "apontar".
Posso dizer que o Buddy é perfeito dentro das minhas necessidades, ele é muito inteligente, amigável, companheiro, fiel e por incrível que pareça ele é um "guardião" aqui em casa, não pode ouvir um barulho que ele já vai latindo ver o que é. Ele é um excelente cão, não tem nem um ano de vida, mas era tudo que eu precisava em um cachorro. Meu companheiro fiel e constante.
Agradeço muito a Mariana e a Verônica, são pessoas desse tipo que fazem com que a raça fique com suas origens e deixam as pessoas como eu felizes. Só quem tem um Braco Alemão sabe qual é essa felicidade.
Ricardo Amaral Pavani
Canil do Balaco
Braco usa e recomenda